quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Nossa equipe - Coordenação do Projeto


Raquel Santana - Produtora Executiva e Oficineira
Possui mestrado em Extensão Rural e Desenvolvimento Local, é jornalista graduada pela UFPE e trabalha na interface entre comunicação, cultura e educação. Tem experiência como facilitadora de oficinas de vídeo e fotografia em movimentos sociais e grupos juvenis. Iniciou suas atividades cineclubistas em 2010, com o Cineclube da Laia, da cidade de Camaragibe, do qual foi uma das fundadoras. Atualmente, integra o Fazendo Milagres Cineclube, de Olinda. Já facilitou oficinas de cineclubismo em escolas públicas e pontos de cultura através do projeto CineCabeça e da Secult/Fundarpe.

Yanara Galvão - Coordenadora Geral e Oficineira
Caruaruense. Graduada em Comunicação Social - Universidade Católica do Salvador, BA. Pós graduanda em Gestão Cultural - Fundaj/MinC, 2012 - atual. Cineclubista, produtora cultural e pesquisadora em Políticas de Cultura no Brasil com enfoque no audiovisual/cinema. Trabalhou na pesquisa e texto sobre cinema brasileiro para a Programadora Brasil, projeto do Ministerio da Cultura (MinC) de difusão do cinema nacional para circuitos não comerciais, 2006/2007- RJ. Idealizadora e coordenadora geral do cineclube "Cine  Alto do Moura” projeto contemplado pela ação do Cine Mais Cultura vinculado à Associação dos Artesãos em Barro e Moradores Alto do Moura (ABMAM), Caruaru. Membro da diretoria da Federação Pernambucana de Cineclubes - FEPEC. Já coordenou e facilitou oficinas de iniciação audiovisual e formação cineclubista pela Secult/Fundarpe, Cine Mais Cultura/ MinC, Sesc PE, Projeto CineCabeça. Titular Setorial Audiovisual Agreste, PE.


Natália Lopes - Coordenadora Pedagógica e Oficineira
Atua na área do audiovisual na perspectiva do direito humano à comunicação, desde 2004. Comunicadora social com habilitação em Rádio e TV, pela UFPE. Trabalhou em coletivos juvenis, ONGs, TVs pública e comunitária, como o Centro de Comunicação e Juventudes, TV Viva, TV Universitária e TV Amaro Branco, onde realizou diversos projetos ligados à comunicação e audiovisual. Em 2011, dirigiu o curta-metragem Coco de Improviso e a Poesia Solta no Vento, documentário premiado em festivais nacionais. Iniciou atividade cineclubista em 2008, com o Cine da Casa, em Casa Amarela. É fundadora do Cineclube da Laia, em Camaragibe e também já participou da coordenação do Cineclube Coliseu, do SESC Casa Amarela. Atualmente, integra a equipe do Fazendo Milagres Cineclube, em Olinda.







terça-feira, 29 de outubro de 2013

Aprendendo e vivendo o cinema no Agreste


Oficinas formativas irão estimular o pensamento crítico e a criação de cineclubes em Caruaru, Taquaritinga do Norte, Limoeiro, Surubim, Belo Jardim, Agrestina e Tacaimbó





Caruaru já é uma terra famosa por sua riqueza de manifestações populares e o Projeto Para ver, refletir e praticar o cinema: oficinas de cineclubismo no Agreste PE vem trazer ainda mais força à cultura local ao democratizar a relação entre o público e o cinema. Oficineiras e oficineiros filiados à Federação Pernambucana de Cineclubes (Fepec) vão facilitar 15 encontros nas escolas da rede pública e também em dois movimentos sociais para ajudar a compreender e refletir o cinema, além de estimular a prática cineclubista e a formação de cineclubes nos espaços das oficinas.


Os jovens urbanos da rede pública de ensino são os principais protagonistas dessa história, mas o projeto considera ainda a inclusão de gênero, do meio rural e dos espaços alternativos de formação. Das 15 oficinas, 09 serão realizadas na Cidade de Caruaru, sendo uma em parceria com o Movimento dos Sem Terra – MST, uma com o Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste – MMTR-NE e uma no distrito de Peladas. Taquaritinga do Norte, Limoeiro, Surubim,  Agrestina, Belo Jardim e Tacaimbó também contarão com uma oficina em cada um dos municípios.

Todos as oficineiras e oficineiros são integrantes de cineclubes e facilitadores experientes, filiados à Fepec  com atuação prévia em oficinas de cineclubes. O acervo dos diversos filmes utilizados também é da Fepec. Numa perspectiva de democratização da cultura, as novas tecnologias digitais trazem uma oportunidade preciosa de acesso e distribuição das obras audiovisuais. E o fortalecimento do movimento cineclubista nas escolas vem justamente aliar o uso da tecnologia à formação de sujeitos cidadãos, estimulando críticas estéticas, políticas e sociais.

De acordo com o Artigo 3º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN/1996), um dos princípios para a realização do ensino nas escolas é a “liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber”, o que está em consonância com a filosofia e prática cineclubistas. Segundo Cristovam Buarque, “O cinema é a arte que mais facilidade apresenta para ser levada aos alunos nas escolas”, e que “os jovens que não têm acesso a obras cinematográficas ficam privados de um dos objetivos fundamentais da educação: o desenvolvimento do senso crítico”.

O Projeto Para ver, refletir e praticar o cinema parte dessa proposta e constrói novas relações entre o público e o cinema. Vem ainda reparar um desequilíbrio de Pernambuco: Atualmente, dos 88 cineclubes filiados à Fepec, 45 estão concentrados na Região Metropolitana do Recife. Também é importante fazer um resgate histórico do cineclubismo em Caruaru: no final dos anos 1970 e início dos 1980, esteve em cena o Cineclube Lumière, que teve entre seus integrantes o cineasta Cláudio Assis. Agora, as oficinas vão dar fôlego novo às relações afetivas com a sétima arte em toda a cidade. 

As oficinas acontecerão em dois ciclos: o primeiro de outubro a dezembro de 2013, e o segundo de fevereiro a abril de 2014. Os ciclos contarão com um evento de culminância sobre  cinema, educação e cineclubismo, quando os jovens participantes das oficinas receberão os certificados e terão oportunidade de bater papo com cineastas pernambucanos que também têm uma história com os cineclubes, além de representantes do atual movimento cineclubista pernambucano. As oficinas pretendem inspirar iniciativas semelhantes de formação cineclubista por todo o interior.




O Projeto Para ver, refletir e praticar o cinema é produzido e coordenado pelas comunicadoras e cineclubistas Raquel Santana, Yanara Galvão e Natália Lopes. Elas possuem ampla atuação no audiovisual e no cineclubismo, principalmente com os cineclubes Cine Alto do Moura, em Caruaru, Cineclube da Laia, em Camaragibe, e Fazendo Milagres Cineclube, em Olinda. O Projeto tem o incentivo do Funcultura Audiovisual 2013 e também recebe apoio da Gerência Regional de Educação (Agreste Norte), da Secretaria Especial da Mulher de Caruaru, da Prefeitura de Limoeiro, do Sesc Surubim, da Produtora Taquary Filmes e da Escola Municipal Manoel Teodoro de Arruda (Distrito de Serra do Vento, Belo Jardim).


Gabriela Monteiro (assessora de comunicação) –